Relatório sobre o emprego americano leva a valorização do Dólar
Relativamente ao relatório sobre o emprego da última sexta-feira, as moedas foram comercializadas com a típica letargia de verão, uma vez que muitos dos decisores políticos estão a gozar férias e notícias importantes têm sido escassas.
Análise do Mercado de Câmbios
Relativamente ao relatório sobre o emprego da última sexta-feira, as moedas foram comercializadas com a típica letargia de verão, uma vez que muitos dos decisores políticos estão a gozar férias e notícias importantes têm sido escassas.A situação mudou na sexta-feira à tarde, quando um excelente relatório sobre o emprego dos EUA trouxe provas de que a recuperação económica dos Estados Unidos da América está novamente no bom caminho. Os rendimentos do Tesouro norte-americano subiram acentuadamente e em resposta a isso os investidores afluíram ao Dólar americano. O Dólar foi manifestamente o vencedor da semana face a todas as moedas do G10 à exceção do Dólar neozelandês, que valorizou com base em expetativas de que o RBNZ irá subir as taxas a qualquer momento.As atenções viram-se agora para o relatório sobre a inflação norte-americana na quarta-feira. Estamos a contar com mais um relatório excecional, que destaque uma inflação mensal tanto geral como subjacente a crescer acima da taxa anual de 5%. O que se desconhece é a forma como o Dólar americano reagirá às notícias e como irá valorizar em relação à reação da Reserva Federal, que até agora tem estado bastante tranquila em relação às pressões inflacionistas.
GBPA Libra teve um desempenho bastante bom na semana passada, tendo terminado a semana apenas ligeiramente atrás do Dólar americano entre as principais moedas. O motivo foi a mudança hawkish na retórica e previsões do Banco de Inglaterra na reunião de agosto na quinta-feira passada. As previsões de inflação foram levantadas, passou-se a falar em "ligeiras restrições" e os mercados estão agora a contar com uma valorização no primeiro semestre de 2022, muito antes do previsto pela Reserva Federal norte-americana. Esta semana são de esperar poucas novidades, e a Libra deverá continuar a comercializar bem com base em perspetivas de reforço precoce da política no Reino Unido. EURA tranquilidade do Verão em termos de dados macroeconómicos ou novidades políticas na zona Euro fará com que o Euro transacione com base em eventos de outras zonas. Não estamos a prever uma semana muito diferente a este respeito, não havendo novidades à exceção do inquérito ZEW com as expetativas dos investidores. Baixámos as nossas expetativas de valorização do Euro a curto prazo, uma vez que as pressões inflacionistas na zona Euro estão, por enquanto, a atrasar as dos outros países e o BCE não tem pressa em começar a assumir uma atitude mais hawkish. USDO relatório do mercado de trabalho norte-americano foi uma surpresa positiva agradável. Foram criados perto de 1 milhão de empregos e a taxa de desemprego caiu muito mais do que o esperado. Os salários nominais também estão a aumentar a um bom ritmo, e a combinação de mais empregos e salários mais elevados é importante para contrabalançar o fim dos subsídios de desemprego adicionais aprovados durante a pandemia. Um relatório de inflação forte esta quarta-feira deverá fornecer mais provas de que a economia dos EUA está em expansão e que o estímulo monetário e orçamental deverá começar a diminuir mais cedo do que o esperado. Contudo, os constrangimentos políticos significam que é provável que a inflação se mantenha mais elevada durante mais tempo do que a Reserva Federal espera, e a sua reação a esta situação será fundamental para os mercados de divisas.
