Numa semana relativamente calma, os mercados aplaudiram a notícia do lançamento de um novo pacote de estímulos por parte das autoridades chinesas para travar a quebra do mercado imobiliário e apoiar o investimento e o consumo.
Os preços das matérias-primas subiram de uma maneira geral e isso refletiu-se nos mercados cambiais. Moedas de commodities como o peso chileno e o real brasileiro lideraram as tabelas de desempenho da semana, enquanto o euro, a libra esterlina e o dólar terminaram a semana inalterados.
Esta semana o foco será o relatório dos “Non Farm Payrolls” dos EUA de setembro, na sexta-feira. O relatório de inflação do PCE da semana passada confirmou que a inflação nos EUA regressou efectivamente ao objectivo da Reserva Federal, e o foco agora é avaliar a resiliência do mercado de trabalho dos EUA. É pouco provável que a estimativa rápida da inflação de Setembro da Zona Euro, a ser divulgada terça-feira, atrapalhe um corte do BCE em Outubro. Espera-se outra impressão de inflação suave e dados económicos sombrios a acumularem-se.

GBP
Os dados de atividade empresarial PMI de Setembro ficaram um pouco abaixo do esperado, mas ainda são consistentes com a expansão económica constante tanto no sector dos serviços como no sector da indústria transformadora, um forte contraste com as leituras terríveis em todo o Canal da Mancha.
Este desempenho económico superior, combinado com a abordagem cautelosa do Banco de Inglaterra relativamente aos cortes nas taxas, deverá ajudar a libra esterlina a continuar a subir em relação ao euro nas próximas semanas.
EUR
O fluxo constante de más notícias económicas provenientes da zona euro não dá sinais de abrandar. As leituras do PMI da semana passada, talvez o indicador avançado mais preciso da actividade económica na área, caíram para um nível consistente com a contracção económica total. O sector industrial está no meio de uma recessão profunda, enquanto o sector dos serviços estagna.
Combinadas com leituras suaves de inflação em Espanha e França, as notícias parecem ter selado um corte na próxima reunião do BCE, em Outubro, e as comunicações dos responsáveis parecem confirmar isto. É pouco provável que os dados de inflação de terça-feira alterem esta situação, e pensamos que a recuperação do euro no verão pode ter chegado ao fim.
USD
As notícias económicas provenientes dos EUA continuam a confirmar que a Reserva Federal está a conseguir provocar uma aterragem suave. A inflação do PCE em setembro ficou abaixo das expectativas e o subíndice central está claramente de volta à meta da Fed dos 2%. Entretanto, os dados divulgados até agora são consistentes com um crescimento acima de 3%, embora seja certo que ainda é muito cedo no trimestre.
Embora as eleições presidenciais de Novembro continuem a ser um sorteio e lancem um manto de incerteza, pensamos que a Fed deverá reverter para um ritmo cauteloso de redução das taxas em 2025. O relatório “Non Farm Payrolls” desta sexta-feira deverá mais uma vez ser consistente com um mercado de trabalho que está a gerar crescimento modesto do emprego, mas permanece próximo do pleno emprego.
🔊 Quer estar por dentro de todas as novidades do mercado cambial? Não perca o FXTalk!.
Quer saber mais sobre o mercado de câmbios e como os nossos peritos o podem ajudar? Contacte-nos.