Como é que as PME podem atenuar a volatilidade do mercado cambial?
É sabido que o tecido empresarial em Portugal é composto praticamente por Pequenas e Médias Empresas (PME), que representam 99% do total de empresas do país.
Comércio Internacional
É sabido que o tecido empresarial em Portugal é composto praticamente por Pequenas e Médias Empresas (PME), que representam 99% do total de empresas do país. Destas, num mundo cada vez mais global, muitas têm relação com o exterior, quer seja através de importações, exportações, ou ambas as atividades.Contudo, os últimos anos têm sido marcados por uma enorme incerteza económica e política a nível global. A guerra na Ucrânia, por exemplo, obrigou a redefinir profundamente as relações comerciais. E hoje a instabilidade acentua-se com a “trade war” de Trump, onde se prevê que já em abril sejam impostas tarifas comerciais mais rígidas aos países europeus por parte dos EUA.Este contexto de incerteza traz inúmeros desafios às PME, como terem de enfrentar a volatilidade do mercado de câmbio. Para muitas destas empresas, que operam com margens financeiras apertadas, as flutuações cambiais podem ter um impacto significativo nos custos e lucros. Felizmente, existem estratégias eficazes para mitigar esses riscos.
Uma das melhores maneiras de reduzir os riscos cambiais é através de contratos de fixação cambial, que protege as empresas contra as variações das taxas de câmbio. Esta solução permite que uma empresa fixe uma taxa de câmbio para uma transação futura. Por exemplo, uma PME que precise de pagar um fornecedor no exterior dentro de algum tempo pode garantir a taxa de câmbio de hoje, evitando flutuações.Desta forma, as empresas sabem exatamente o montante necessário a pagar, e que montante vão receber, na moeda que escolheram. Caso a taxa de câmbio suba, este movimento negativo também não as afeta. No entanto, isto significa também que não beneficiarão de movimentos favoráveis do mercado.Esta solução permite às empresas atenuar a volatilidade do mercado cambial. Confere-lhes previsibilidade financeira, na medida em que, por terem taxas de câmbio fixas para o futuro, não ficam dependentes dos movimentos do mercado; protege as empresas contra perdas, dado que limita o impacto de flutuações inesperadas; e aumenta a sua competitividade global, protegendo as suas margens de lucro e permitindo-lhes que mantenham preços competitivos num mercado cada vez mais global.Dito isto, num cenário económico que tem atravessado múltiplas transformações e adaptações, impulsionadas por eventos imprevisíveis e causadores de grande instabilidade, as PME portuguesas podem e devem procurar proteger-se da melhor forma. A jornada nunca será fácil – sobretudo a curto prazo, dada a realidade atual –, mas a adoção de soluções financeiras robustas facilita seguramente o caminho e pode capacitar as empresas para um crescimento seguro e sustentável. 

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